quarta-feira, 27 de outubro de 2010

NÃO TÃO INÉDITO ASSIM

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Deu no jornal Mantiqueira do final de semana que a decoração de Natal em Poços será "inédita". Diz a reportagem que "as velhas lâmpadas e desenhos utilizados até o ano passado estão sendo trocados por iluminação  de diodo emissor de luz, mais conhecido como led, tipo de decoração inédita no Brasil".
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De acordo com a fala do nada modesto diretor da empresa responsável pela montagem da iluminação natalina, "Poços de Caldas vai ser um espelho, um referencial para as outras cidades do Brasil". Gosto dessas citações defintivas e superlativas: "o maior, o melhor, o mais mais". Claro que a decoração em Poços vai ficar muito boa, e não se poderia esperar menos de um projeto cujo valor começou acima de R$ 1 milhão, devidamente apontado em edital do DME. 
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Não quero ser o estraga-prazer, mas se o ineditismo da decoração forem apenas os leds, esqueçam. Ano passado esse tipo de iluminação foi largamente empregado como "lampadinhas de Natal" na capital paulista. Só a decoração da Ponte Estaiada, na Marginal Pinheiros, contou com "mais de 35 mil metros de clusters de led para  formar a iluminação especial em forma de Pinheiro gigante, com mais de 100 metros de altura e 70 metros de largura, com um consumo de energia cerca de 90% menor", informou o site da prefeitura paulistana em 2009.
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Ouso discordar de quase tudo nesse projeto denominado Natal Encantado, que por si só não se justifica. Começa que estamos empurrando a crise econômica municipal desde o ano passado. Depois, ninguém explica como é valorizado o retorno desse investimento em nome do turismo -se vem mais gente, se quem vem volta depois, a "imagem de marca residual" registrada em fotos que ficam perambulando na internet, a lotação máxima dos hotéis que nunca chega aos 100%. No fim todo mundo -eu inclusive- acha bonito, bate palmas, mas fica a dúvida da concreta validade do investimento. Não sei nem se as lâmpadas (ôpa, "leds") são nossas e ficarão guardadas para o ano que vem.
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Finalizando, também não entendo a presença da primeira-dama capitaneando esse projeto. Sou do tempo em que as senhoras dos chefes de poderes executivos dedicavam-se a emprestar suas imagens para projetos exclusivamente sociais-solidários -Ruth Cardoso e Lila Covas são dois nomes que ocorrem enquanto escrevo esse post. Também sou do tempo da Grapette, da bola de capotão, do Kichute, do toca-fitas e do telefone de disco. Definitivamente estou obsoleto. Viva o led!
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Atualizando: em coletiva de imprensa hoje, a Prefeitura destacou que os cerca de R$ 1,5 milhão para o Natal Encantado serão custeados pela iniciativa privada e pela Contribuição de Iluminação Pública, justificando que a decoração é "uma iluminação pública". Singelo assim.
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Nem vou entrar no mérito da constitucionalidade da cobrança da CIP. Há pareceres interessantes sobre esse tema disponíveis na internet. Considero-a no mínimo um ultraje, ainda mais para nós, que nos gabamos de ter "nossa" própria energia. Agora, cá entre nós: iluminação pública é uma coisa, lampadinha de Natal é outra, muito distante.
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Atualizando 2: Um ponto interessante sobre o projeto, de acordo com o site da Prefeitura, é que "na área cultural, o evento vai resgatar a cultura mineira. 'Decidimos buscar uma identidade para o nosso Natal, então lançamos o Natal Famílias de Minas, valorizando nossa cultura', explica Marlene de Fátima Silva". Ainda de acordo com o site, "O Natal Família de Minas será realizado na Estação Fepasa, com comida típica e elementos da cultura mineira, como o presépio e o cenário rural de Natal. O objetivo é fomentar o turismo no período, além de propiciar à população uma experiência enriquecedora, resgatando os valores da família, relembrados no Natal".
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20 comentários:

  1. a primeira dama não faz nada, Caruso.
    até tendou ser comerciante mas não deu certo. agora tem um salçao no shopping que sempre que passo lá. está meio vazio. então tiveram que arrumar alguma coisa pra ela fazer, senão entra em depressão. daí puseram a polivalente Marlene na comissão das mulheres e no projeto do Natal.

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  2. De fato, preocupante. Talvez este recurso todo pudesse ser melhor aplicado em outras ações mais interessantes para o turismo da cidade. Não vejo um retorno tão positivo com a decoração natalina.

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  3. Preocupante?

    Creio que não. O recurso saiu da taxa de iluminação pública, nenhum centavo saiu da Prefeitura, como todos sabem. O recurso da taxa, se não aplicado na festividade, seria aplicado em infra-estrutura (ou correlato) no DMED (e não na Prefeitura), que todos sabem tem independência financeira.

    Em relação ao fato de o veículo de imprensa Mantiqueira denominar como "inédita": pouco se faz importante, pelo simples fato que a iluminação citada no post foi parcial e não tinha como projeto a iluminação nos moldes daqui, e tem aquela máxima de que o que foi bom tem que ser copiado.

    Minha opinião é que é bem vinda a iluminação natalina, e que é bem mais bonito que aquelas árvores de garrafas pet que simplesmente são horríveis.

    Quero tirar várias fotos.

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  4. O Cristo está "roxo" de raiva !!!

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  5. Infelizmente o leitor ignora que Prefeitura não é Casa da Moeda, não fabrica dinheiro. Tudo o que há no caixa, quando há, é sim dinheiro público -que veio do Povo. Como igualmente é dinheiro público o que vem da taxa, contribuição ou o nome que se queira dar a mais esse "imposto" de iluminação pública.
    Reitero que a citação que fiz no post, sobre a Ponte Estaiada é sim uma parte, e foi usada apenas para ilustrar a falta de ineditismo na utilização dos leds, como tentou mostrar a reportagem. Um pouquinho de pesquisa ou uma ida a SP, como fiz ano passado, seriam suficentes para que o leitor atentasse ao fato de que os leds foram largamente usados na decoração paulistana, cujo orçamento beirou os R$ 6 milhões, com um detalhe importante: muito desse investimento foi da iniciativa privada -Santander, Itaú Unibanco, Nestlé, Pão de Açúcar ou Telefônica são alguns dos nomes.
    Esses R$ 6 milhões tornaram-se "mais de 25 milhões de microlâmpadas, 3,5 mil refletores com lâmpadas HQIs na cor verde, 35 mil miniestrobos, 25 km de mangueiras iluminadas e 25 mil clusters de LED, que juntos somam mais de 120 km de vias decoradas, comporão o Natal Iluminado 2009, que nesta edição tem como temática central o Natal da família paulistana", de acordo com o site

    http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/destaque/527-natal-iluminado-2009-

    Mas concordo com leitor quanto aos enfeites de garrafa PET que, uma vez pintados, inviabilizam sua reciclagem. Aliás, quem sabe o que foi feito desses enfeites?

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  6. Caro Sr.

    Pessoas como você não acrescentam em nada em nossa cidade! Não fazem nada, não representam nada e são nada! Vá para onde veio, que de certo é um lugar cheio de mazelas, defeitos como o senhor. Por quê não fala dos problemas de sua cidade natal? Aliás se lá fosse tão bom e aqui tão ruim, por quê saiu de lá? Aliás, tenha coragem e publique este post.

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  7. ora, ainda defendem esse desperdício com o dinheiro público...DME foi transformado em um cabide de emprego,esses conselhos recém-criados são uma palhaçada, basta ver que alguns membros tiveram vergonha na cara e já saíram, pareceres que para serem analisados já estão prontos pela mandatária da cidade, Salma,não defendo ninguém, até acho exagerado alguns comentários do "dono" do blog, mas em nossa cidade são mínimos os espaços deixados para as críticas, tudo foi comprado pela prefeitura, ele está coberto de razão, não há ineditismo nenhum, e DME transformado em empresa pública é dinheiro público, que se aplique este dinheiro na iluminação dos bairros mais afastados que não fazem parte do cartão postal da cidade, gastar dinheiro é bom, mas melhor é gastar o dinheiro dos outros não é... Poços, cidade das aparências

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  8. Acham muito? Podem ir se preparando que logo começa a lenga-lenga sobre a verba pro carnaval. E de novo vamos ouvir as explicações/justificativas de que nossos jovens não podem ir para outras cidades, ou que temos que "fomentar o turismo", ou que a cidade vai inovar com o "Corredor do Rêbôlêixôn".
    Lá vai milhão.

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  9. Ehehe... gostei do post do "Caro Sr." ainda bem que não estamos nos EUA ou o/a cara ia acabar entrando armado no mc donalds e mandar chumbo,

    gostei muito do "nossa cidade" da áquela sensação de raízes...tinha até um personagem famoso que considerava o povo dele especial, melhor que os outros e não queria que se misturassem com as raças - paulistanas - inferiores.
    Quem sabe o/a tal do "Caro Sr" até tenha um forninho a lenha em casa que seja multifunção..de todo jeito segue meu cumprimento para ele/a " Sieg Heil "

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  10. Infelizmente, percebemos que alguns não estão prontos para as mudanças e adequações necessárias ao futuro. Tornando a mentalidade retrógrada de uma cidade tupiniquim. Quando não fazem, criticam e quando fazem, criticam também. Então o que é melhor? Creio que a liberdade de expressão deva valer acima de tudo, por isso temos este direito garantido pela Constituição, porém quando criticamos, devemos lançar mãos de alternativas construtivas, quando realmente temos compromisso com o povo de uma cidade. Criticar por criticar é feio! É querer aparecer. E não vejo neste blog e em alguns órgãos de imprensa outra coisa a não ser isso. Por exemplo, um tal órgão de imprensa por perder a licitação para edição do Diário Oficial da Cidade, proposta inclusive analisada pelo Ministério Público sendo como maior que a apresentada pelo outro órgão, comeceu a descer a lenha na Prefeitura. Ora, bolas! Então é isso, se ganho, sou parceiro e se não ganho, falo mal! É a Lei de Gerson: levar vantagem em tudo! Então questiono, o tal cidadão que escreve quanto a isso. A partir do momento que ele passar a ouvir os dois lados e assim tirar suas conclusões, respeito, caso contrário: ignoro!!! Não dá pra dar credibilidade a um cidadão que se porta assim!
    Seguem algumas informações para sua atualização:
    1)A iluminação pública está senso estendida aos bairros, vide a troca de lâmpadas incadescentes pelas de luz fria, aumentando a claridade e aumentando a segurança. Por isso a cidade ganhou o prêmio de melhor iluminação pública Fonte: ABRADEE 2010;
    2) O Ministério Público foi procurado antes da negociação com a empresa contratada para saber se era legal a sua contratação, onde após análise o Promotor deu seu aval onde a verba da CIP poderia ser utilizada em iluminação natalina;
    3)Nossa principal economia hoje é a bauxita, recurso escasso, onde dentro de alguns anos, algumas empresas desativarão suas atividades no munícipio, vide exemplos do que está acontecendo: CBA, Alcoa. Quantos desempregados teremos no futuro???
    3)Quando se fala em indústrias, tem de se pensar nos desgates de nosso meio-ambiente e também na infra-estrutura de uma cidade, se ela comporta mais creches, mais setores de saúde, aumento populacional, saneamento etc? Será que é isso que queremos pra Poços? Uma metrópole com problemas de segurança, etc? Temos de avaliar melhor.
    4) O turismo hoje tem sido explorado no mundo todo como ferramenta importante para gerar divisas. Por que em Poços de Caldas que, além de sua beleza natural, patrimônio arquitetônico e riqueza cultural não pode se beneficiar disso e se instalar definitivamente neste roteiro fazendo investimentos neste sentido? O Turismo não polui e aumenta a geração de emprego e renda.
    Cidades como Campos do Jordão, Gramado e Monte Verde já enxergaram isso e as próprias comunidades entenderam e contribuem para isso. Vide o exemplo de Gramado que investe 14 milhões somente no evento natalino e lá não é a Prefeitura que faz, lá é a própria comunidade, mas aqui por ninguém se mobilizar, quando a Prefeitura inicia um processo e busca alternativas junto ã iniciativa privada para ver se consegue sensibilizar esta comunidade, o que acontece??? Por que em Poços é tão difícil implantar este olhar, este conceito?
    5)E pensar que o senhor estava sendo cogitado para ser Secretário de Turismo, hein!...
    Para finalizar, a exemplo de uma velha frase que está exposta na Santa Casa: "Se você que está chegando agora critica o que está sendo feito, deveria estar aqui na hora de fazer"!
    Fica aí a sugestão e o convite!

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  11. Esse Anônimo das 8:53 tem uma virulência ridícula. Mas essa valentia toda, anônima, é que é o pior.
    Este blog é um divisor de águas, e o respeito que empenho ao seu autor é especial, visto que quando critica é aos ocupantes de cargos e suas atitudes incompatíveis com o que se deseja daqueles que quase sempre escolhemos para gerir o dinheiro de nossos impostos. Digo "quase" porque votamos numa pessoa, mas temos que engolir secretários, secretárias e assessores que muitas vezes o próprio eleito engoliu, herdou.
    O autor já mostrou que é focado, com ações como aquela coleta de pneus largados pela prefeitura. Se fosse eu levaria a pilha de pneus na prefeitura e chamaria toda imprensa, que talvez nao fosse já que o rabo prese nãoe estica tanto... e demonstra também, e quem conhece sabe disso, seu valor na geração de riquezas para a "nossa cidade", esse "nossa" no bom sentido, nao no sentido de posse daquele comentário babaca.
    E sei tambpem que ele e família para cá vieram não para se locupletar duma boquinha oficial, um carguinho, uma colocaçãozinha num cabide qualquer.
    Agora, quem não gosta do blog, é fácil, basta não acessar. Ou será que essa cidade, "nossa" cidade, está infestada de masoquistas?

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  12. Opa vai meu voto Rubens para secretário de turismo ou qualquer outro que esteja disponível (vai ter mais pelo jeito).
    Aí, nós, o povo unido, poderemos criticá-lo sem dó.

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  13. ohohohohoho Papai Noel deve estar se deliciando com os comentários acima,
    acho que esses posts de hoje demonstram a importância do ego de todos e a inexistência de qualquer conceito do que é Natal...Coitado do Rubens nem assumiu o cargo e já foi exonerado.
    De todo jeito voto nele também.

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  14. Não é do perfil desse jornalista comentar comentários, mas alguns esclarecimentos são importantes.
    Com relação ao comentário das 12:05, quero colcar em debate alguns pontos, embora não saiba com quem.
    -"Querer aparecer", para um sujeito magro, alto e narigudo como eu não é problema. Eu já "apareço" por força da natureza;
    -Comparar este modestíssimo blog com jornais impressos é um exagero -este blog não vende espaços publicitários, portanto não disputa em interesses econômicos com ninguém;
    -"Se ganho, sou parceiro e se não ganho, falo mal!". Se é para ganhar alguém ficou com a minha parte!
    Quanto aos pontos enumerados, vamos lá:
    1- Quem levantou a bola da iluminação nos bairros foi um leitor, em comentário.
    2- Se "o" Promotor deu aval, e ao que eu saiba Promotor não dá aval, perfeito. Esse é um furo jornalístico e só alguém muito bem informado ou que participou da consulta saberia isso. Eu continuo acreditando que a CIP é injusta e que iluminação de Natal é diferente de iluminação pública. Quem sabe o "Promotor avalista" responda melhor essa questão.
    3- Apocalipse: se acabar a extração de bauxita, o que seremos? Polo turístico? Concordo.
    3 de novo (tem dois itens número 3 lá...) - Apocalipse 2: se a indústria traz tantos problemas assim, melhor fechar o Distrito Industrial já... vai que alguma fábrica se instala lá, não é? Ou será que não temos tanta certeza assim se queremos ser turismo, indústria ou universidade? Qual é a cara de Poços em 2030?
    4- Desde sempre fui defensor do desenvolvimento desse triste panorama turístico local -rede hoteleira quase toda obsoleta -já passei frio num dos melhores hotéis da cidade- logradouros turísticos em condições precárias e por aí vai. Nas vezes em que dei como exemplo Campos do Jordão, o retorno sempre foi que "aquilo está um inferno". Se é difícil implantar um conceito de polo turístico com respaldo da iniciativa privada, alías o melhor caminho para o desenvolvimento de um turismo de qualidade, é óbvio que o problema está na relação entre o público e o privado -esse enxergando o outro como uma vaca leiteira a alimentar tudo. Não é.
    5- Hein? Esqueça. Já manifestei que estou à disposição de quem precisar de minha modesta e limitadíssima contribuição. Cargo político ou ligado a, nem pensar, e vou falar de novo: tenho, na iniciativa privada, a prerrogativa de me relacionar com quem eu quero; na vida política as pessoas são obrigadas a se relacionar com quem não querem. Nada de vínculos: não sou de nenhum clube, associação, entidade ou partido. O único título que carrego, além do de eleitor em Poços de Caldas, é o de corintiano.
    Saudações alvi-negras!
    Quanto ao "criticar o que está feito", cada um na sua área. Acredito que esse espaço, de rara democracia, que aceita críticas e ofensas anônimas, cumpre seu papel, longe da confortável passividade. Vai ser muito mais tranquilo quando deixar de editá-lo.
    Para lembrar, esse jornalista dedica ainda boa parte do seu tempo ocioso na preservação da história dessa belíssima cidade com o www.memoriadepocos.com.br , que também cumpre seu objetivo, esse como ferramenta educacional. Tal como o Viva Poços!, sem qualquer fim econômico. Ao contrário. Custam.
    Saudações,
    Rubens Caruso Jr.

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  15. Luis Roberto de Almeida Tasta28 de outubro de 2010 às 16:06

    Caruso, Poços de Caldas é a única cidade no Brasil que comemora Finados com se fosse um Natal! Em vez de flores um pinheiro artificial iluminado com o din-din do povo que votou no bonde coração. Aí eu vou pra Maracangalha, eu vou... eu vou de chapéu de palha eu vou...Ô loco meu!

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  16. Raciocínios lógicos (ou quase)
    1) A cidade fica mais linda com o Natal Encantado;
    2) Os turistas ficam mais encantados com a cidade e possivelmente, os moradores também;
    3) Quem é favorecido economicamente fica por isto, mais encantado ainda, que são, diretamente, as empresas e empresários ligados ao turismo (notadamente, hotéis, bares, restaurantes e similares;
    4) O Natal encantado não é pago por encanto e sim com dinheiro vivo;
    5) São poucos (muitos poucos) os empresários locais que auxiliam (poucamente) no Natal Encantado;
    6) O município poderia sim, ter resultados financeiros com o decantado Natal, se os empresários ligados ao turismo, no mínimo, recolhessem os impostos devidos, que seriam a contrapartida mínima para o investimento feito pelo município;
    7) A administração não tem fiscais suficentes para realizar a fiscalização de tributos;
    8) Existem, com certeza, outras prioridades no município em outros setores;
    9) A população mais simples não ganha nada nem em melhorias, nem nos salários, nem em empregos, com o Natal Encantado;
    10) Depois disto tudo, cabe a reflexão: é melhor fazer o Natal encantado pagando com recursos públicos? ou propor aos encantados empresários do turismo que paguem o evento (como acontece em muitas cidades no mundo)?
    Lembrete: o natal está aí, mas é bom não confundir prefeitura com Papai Noel, pois o SACO é do povo.

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  17. Ufa!
    Quanto barulho!!! Muito bem, nada como espaços "democráticos" disponíveis para extravasarmos nossas inquietudes, nossas angustias e nossas alegrias ( por que não?). No entanto, fico muito incomodada com o anonimato. É facil criticar a opinião de quem quer que seja usando máscaras que lhe cobrem a identidade. Uma pena!

    Minha opinião sobre o Natal Encantado: para que o turismo em Poços seja um "polo" comparado a Gramado, Campos e outras cidades serranas, é preciso melhorar o atendimento ao turista: 1. os serviços hoteleiros, 2. cafés e restaurantes, 3. as fachadas do comercio ao redor da praça cartão postal da cidade, 4. a organização dos pontos de venda de artesanatos, 5. a limpeza do rio que corta a cidade, 6. as charretes, 7. as apresentações musicais na praça, 8. manutenção dos edificios históricos ( uma arquitetura maravilhosa se perdendo) ...
    Na minha opinião Poços tem os jardins muito bem cuidados e uma beleza natural que deve ser preservada. Na minha opinão deve estar maravilhosamente enfeitada para o Natal, Carnaval, Pascoa, Festas Juninas...Enfim.
    Mas, que seja um pensamento e um esforço de todos e todas anonimamente, se é que me entendem.
    Antes dos turistas, nós que aqui vivemos ( e nem vou entrar na questão do tal anômino que nos manda embora daqui, já que somos um nada)merecemos uma cidade bonita, limpa,com boa música e assim por diante.

    Ps: Secretário de Turismo??? Que água estão servindo na prefeitura???

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  18. Entendo que a CIP (contribuição de iluminação pública) deveria ser revogada. Como instituída por lei municipal, a matéria somente pode ser questionada por ação direta junto ao Tribunal de Justiça. Representei ao Procurador Geral, que acolheu nosso pedido e ingressou com a ação em maio de 2009. O Judiciário julgou improcedente a ação, permitindo a cobrança. O MP interpôs recurso extraordinário ao STF. O processo no TJMG possui o número 1.0000.09.497113-2/000.
    Agora, se existe o recurso na conta CIP e ele é vinculado, que seja aplicado em iluminação pública. Sobre esta a Aneel possui resolução descrevendo inclusive a vedação das concessionárias em aferir o consumo na iluminação de monumentos e prédios com valor histórico e artístico, o que chancela o tema em discussão, pois o gasto com isto não é passível de cobrança.
    Agora, se é constitucional a CIP, que façam bom uso do recurso, pois não possuimos mecanismo de controle sobre ato discricionário.
    Ademais, me parece, na contratação fizeram uma escolha de muito bom gosto.
    Mas, Caruso, saber o que eu penso é muito fácil, pois me dou ao trabalho de ficar explicando e respondendo a qualquer manifestação ou pedido, ainda que informalmente, como no presente caso e como nos diálogos, também informais, sobre os destinos da CIP.
    Deveria ignorar os comentários e pedidos (velados ou diretos) de manifestação.
    Inclusive, houvesse alguma ilegalidade já teria "passado a caneta". Pergunta ao seu amigo Paulo Tadeu ou ao Sebastião Navarro como os prefeitos são tratados. Aqui, na minha Promotoria, o Capitão Nascimento não serve nem para "office-boy".
    Agora (dá licença pois tenho mais o que fazer e) o bicho vai pegar ...

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