terça-feira, 12 de outubro de 2010

TROPA DE ELITE 2 - VÁ VER


Assisti ontem. Impressionante. A plateia reage, entra na fita, se identifica com o escancaramento da corrupção, sofre como sofre o agora Coronel Nascimento. O lançamento não poderia ter acontecido em ocasião mais propícia, em pleno processo eleitoral.
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Assista e depois comente aqui.
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4 comentários:

  1. Eu achei o filme muito bom! É difícil comparar com o primeiro, porque o enredo é totalmente diferente. O primeiro é ação e muito mais tenso; o segundo é uma trama com diversos clímax que fazem o espectador pensar o tempo todo!

    Concordo com o autor do tópico. Só não sei se o filme seria de centro, mas ele mantém o pé firme na pessoa do Nascimento, conservador na ação e na vida, durão, convicto e íntegro, mas tensiona o enredo com o personagem esquerdista que é o Fraga.

    Reparem que no filme o Nascimento faz duas menções ao esquerdismo de Fraga como coisa pejorativa: primeiro que o esquerdista defende bandido, segundo que o esquerdista recebe votos dos demais esquerdistas justamente por defender bandido. O filme é duro nisso. Não perdoa a esquerda e a bandidagem.

    O problema é que Fraga vira político e ajuda a conter a violência desde cima, dos poderosos, o que legitima o discurso dele.

    Mas o filme fica difícil de classificar no espectro político porque, tanto Fraga como em especial o Nascimento não absorvidos por um elemento: o tal "sistema", o Estado, a burocracia impessoal. E tudo emperra, complica e se abafa ali. Frequentemente Nascimento sente-se amarrado pela burocracia que o envolve, e isso detona com as ações dele. Mas ainda assim ele age por si. Ele é conservador até a medula!! Mas se vê obrigado, pelo sistema, a abraçar-se ao Fraga para conter a violência desde o alto.

    Me parece que o filme apresenta um mundo onde o politicamente correto acaba vencendo, mesmo os mais durões, ainda que vença o Nascimento apenas em parte. E o politicamente correto é a agenda cultural esquerdista.

    Creio que o problema é mais profundo e amplo, e se chama burocracia como se fosse um mundo com força própria. Como o Olavo diz em O Jardim: as ideologias foram absorvidas numa super ideologia, a do Estado, que tudo absorve e tudo passa a moldar.

    O termo "sistema" tão usado no filme tenta "esquerdizar" o filme, mas a trama mostra que o problema não é exatamente esse.

    É o que tenho a dizer até agora.

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  2. Caruso,

    fui ontem assistir o filme com a família. Quem tem filho adolescente não consegue protelar muito o programa.

    A família adorou e depois os filhos ficaram, durante o lanche, fazendo a relação do filme com a nossa realidade. A dura realidade...

    É uma pena que seja este o retrato do nosso país. Todos se locupletam em torno das benesses do "poder". E que mel tem este "poder"!

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  3. Assisti ao filme, gostei ele passa a realidade do que estamos vivendo

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  4. Prof. João Alexandre18 de outubro de 2010 às 15:07

    Excelente trama, achei melhor do que o Tropa 1. Filme extremamente reflexivo, de ampla leitura sociológica, política e vasta crítica social.

    Interessante e semelhanças é do personagem Fraga com o atual deputado estadual do PSOL-RJ, Marcelo Freixo. Presidente da CPI das Milícias.

    Com todo coservadorismo de Nascimento e o falido "sistema" a figura da esquerda e do personagem Fraga me chamou muito a atenção.

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